domingo, 11 de outubro de 2009




Reler todas as cartas, depois de meses em que foram escritas.
Sentir de novo no peito toda aquela vontade que existia no começo,
Palavra por palavra, ir associando onde nós almejávamos chegar e onde nós chegamos.
É duro ver que certas coisas não passaram de vontades bobas de um casal apaixonado.
Que muita coisa mudou,
Que nos acomodamos muito com essa história de rotina,
que nos conformamos muito .


Ler que :' A chama nunca vai se apagar'.
E sentir que ela as vezes fica um pequeno feixe de fogo, uma faísca.
e que as vezes vira brasa , vira gelo .
Eu comecei então a pensar no que faz as pessoas se esquecerem das palavras ditas.
e das promessas que na hora de feitas parecem tão possíveis.
Porque será que jogamos tantas palavras ao vento, sem darmos o mínimo valor pro conteúdo que elas tem?
Porque será que decepcionamos tanto as outras pessoas quando fazemos ela lembrar no que era e no que AINDA é.
Ver tudo que ficou pelo meio da estrada.

Amor deveria permanecer inteiro, o coração também.
Não se deixa as pernas pelo meio do caminho, assim como nós deixamos um pouco por cada lado que vamos.
Amar deveria ser concretizar tudo , congelar o que a gente sentiu pela primeira vez até a ultima vez.
Permanecer imutável.

Eu realmente não entendo essa história de amar,
Embora eu goste muito de cortar o cabelo, pintar, unhas muito coloridas, mudar de estilo.
Eu prefiro que meu coração sempre permaneça o mesmo ...
E que dentro dele ainda existam as mesmas histórias, os mesmos sabores e as mesmas promessas feitas a tempos atrás.


Por fim,
Só é verdadeiro aquilo que tem o poder de passar de tempos em tempos sem perder o valor , o prestigio e a força... o que sobra eu não sei o que é.

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