segunda-feira, 13 de julho de 2009

Nem tudo

Quebraram as asas do anjo,
ele deixou de voar de uma vez só.
Um anjo caído, sem sentir mais nada.
nem se lembra mais a sensação de estar entre os sonhos,
Ninguém o conhece, porque ele insiste em ficar no escuro.
Nenhum dos mortais se sente confortável no escuro como o anjo sente.
Diz ele que a escuridão é o jeito mais sublime de se sentir sozinho,
é confortável ver o ambiente sofrer no lugar de seu coração.
ele não conseguiria se sentir bem entre as cores, entre os sorrisos.
O lugar de suas asas nunca cicatrizou, talvez precise de um pouco de luz.
Mas ele insiste em deixar a ferida aberta para lembrar que um dia voou.
Que um dia tirou os pés do chão sonhando.
E que hoje, por culpa de alguém é condenado a sentir dor,
Toda vez que a água do teto escorre por suas costas e toca suas feridas
Ele se lembra do vento no seu rosto e de sua liberdade,
Isso ajuda o anjo a não se machucar mais.
Porque mesmo estando deformado e sendo um ser sombrio agora.
Os sonhos continuam na sua cabeça.
E lá dentro, tudo pode ser diferente.

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