quarta-feira, 16 de dezembro de 2009


Ficar sozinho é a maneira mais reconfortante que temos depois de uma grande decepção.
Quando não existe vontade de nada.
Só de ficar pensando, planejando coisas que nunca vão se realizar.
Mas mesmo assim, é bom sonhar.
É bom se alimentar de novos sonhos, novos objetivos inalcançáveis.
Penso que é nesse momento, que descobrimos que existem muitas coisas que não vão se realizar, mas não é por isso que vamos deixar de querê-las.
Nessa hora que fechamos os olhos, e damos passos muito maiores que as pernas, e nos imaginamos em uma realidade muito diferente, o ar entra dentro dos pulmões,
Aquele ar gelado de começo de inverno, como quem quer esfriar tudo que anda meio inflamado, tudo que anda dolorido.
Esfriar a cabeça e congelar as feridas que não saram.
Na hora que nos embebedamos de riquezas que nunca vamos ter, de amores que nunca vamos sentir, de coisas que nunca mais seremos.
O amor que nos damos é algo inexplicável.
Nos permitimos sonhar, nos permitimos falhar, nos permitimos parar... sem culpa.
Depois de uma grande tristeza, vem a hora de recomeçar.
Mas entre esse intervalo ,
Existe a hora de nos banhar de ilusões,
De criar asas e voar pra bem longe, e nem ali estar.
Permanecer longe, sonhando com o que não se deve.
Até quando o que existir aqui passar...
E voltar.
Sonho que se sonha só é só um sonho, impalpável, impossível... mas mesmo assim se sonha...

Ana Luíse.

para fechar :

Das utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!

Mario Quintana - Espelho Mágico

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